sexta-feira, 19 de junho de 2009

Entrevista com o jornalista Cláudio Prisco


Cláudio Prisco Paraíso, colunista político do jornal “A Noticia” do Grupo RBS foi convidado especial para a realização do trabalho interdisciplinar da 1° fase de jornalismo da Faculdade Estácio de Sá. O trabalho foi apresentado por mim e pelas colegas de turma: Renata Gouvêa e Natasha Coelho.
Fizemos uma entrevista relacionada a Jornalismo Impresso,para adquirir conhecimento do mundo jornalístico através das experiências profissionais, áreas de atuação e o cotidiano do entrevistado. Foi realizada na rádio da faculdade e resolvi editar aqui nosso trabalho para mostrar a importância desse meio de comunicação, o jornal impresso, em nosso dia-dia.

Natasha- Como o Jornalismo apareceu em sua vida?
Cláudio- Apareceu por acaso, tinha 18 anos e lá em casa nessa idade se buscava trabalhos. Meus pais tinham colegas que estava no governo de Jorge Bornhausen, e me proporcionou a ser auxiliar de Orlando Humberto, jornalista catarinense, já falecido.Mas na época, não tinha muito o que fazer , comecei a ficar perturbado. Então comecei a ler jornais, era fim do regime militar, e eu tinha máquina de escrever em casa, então comecei a relatar meu inconformismo com a situação brasileira. Mário Bento Pires, já falecido, colunista na área de esporte do jornal do estado, começou a ler meus arquivos, achou interessante, falou com Humberto que tinha um jornal no Sul, “Tribuna do Povo”, e fui convidado à escrever uma coluna do jornal, depois passei a ser colunista de quase toda edição. Sempre me interessei pela política, e foi a partir daí que comecei a praticar meus conhecimentos na área de jornalismo.

Natasha-
Tentou outra carreira antes de ser jornalista?
Cláudio- Quando comecei a procurar trabalho nos meus 18 anos, tinha intenção de ser funcionário público, o jornalismo apareceu por acaso.

Renata- Como você avalia a empresa jornalística que trabalha hoje?
Cláudio- O Jornal A Notícia passou por algumas transformações, eu quando fui pra lá, era o jornal convencional, proprietário de Joinvilhe, Moacir Tomasa. Em outubro de 2006 a RBS comprou o jornal e virou tablóide. O jornal convencional é mais consiste, noticioso, mais informativo. O tablóide, a tendência é fazer registros mais objetivos, ser mais ilustrativo, a concepção é fazer um jornalismo mais sintético. O foco do jornal A Noticia está muito regionalizado, e é um jornal que circula por todo o estado, que estava parelho com o Diário Catarinense relacionado a tiragens. Acredito que a estratégia empresarial da RBS é focar cada jornal em uma determinada região.

Josiane- Faz quanto tempo que você é colunista do Jornal A Notícia?
Cláudio- Comecei em janeiro de 1999, completando 10 anos este ano.

Josiane- Quais a técnicas que você utiliza para extrair ao máximo, informações sobre a política?
Cláudio- A melhor maneira é contatos pelo telefone, pois o contato pessoal o informante pode ficar constrangido e não passar tudo o que você quer saber.

Natasha-
Você possui um blog, onde leva as informações de uma forma interativa. Por que buscou essa forma de comunicação?
Cláudio- Atualmente publico apenas minha coluna, eu e minha empresa temos que conversar em relação a isso.Estou um pouco relaxado em relação ao blog, mas acho uma ferramenta fantástica.

Josiane- Segundo, Machado Elias, em seu livro “ Modelos do Jornalismo digital”, os hábitos de leitura foram perdendo fôlego na medida que veículos como rádio, televisão passaram atrair a atenção da população. E os jovens leitores demonstram cada vez menos interesse na leitura de jornais impressos. O que deve esse fato? Será que os jornais precisam se reestruturar?
Cláudio- A internet é muito poderosa e está chegando com muita força, e também por ter acesso as notícias de maneira gratuita. Mas acredito que o jornal não acabe por essa repercussão.Ela pode diminuir as tiragens dos jornais, a quantidade de leitores,mas não acaba com a circulação.

Renata- Qual é o critério que você utiliza para escolher que fatos devem ou não virar notícia?
Cláudio- Sempre procurei fazer coluna política, podendo avaliar o desempenho do governo, investimentos, e levar isso para a população. Em um fato, recolho assuntos políticos para não chocar com outras áreas e complementar as informações para o leitor na área política. Eu faço questão de opinar, não tenho receio de cara amarrada, pois a função do jornalista é essa, levar a informação de uma forma precisa e crítica, e não apenas relatar.

Renata- Para elaborar um texto jornalístico, quais os principais cuidados?
Cláudio- Honra alheia é fundamental, não faço critica pessoal, e sim profissional. Temos que criticar no momento certo e não exagerar na dose, sendo fiel ao leitor e está seguro da nossa opinião.

Natasha- Quais as dicas que você dá a nós, estudantes de jornalismo, para exercer bem a profissão?
Cláudio- Muita vontade, determinação e muito amor no que faz.


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