sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Amanhecer do Andarilho

Em uma atividade da disciplina Comunicação e Linguagem, fomos ao centro da cidade de Florianópolis para elaborar uma Crônica baseada no cotidiano das pessoas como o corre-corre ao amanhecer.
Sentada na Praça XV, surgiu então, o meu propósito tendo como título: O Amanhecer do Andarilho.

É amanhecer no centro da cidade.
Escrevo e penso por entre folhas e flores da praça:
O que sente um andarilho?
Vejo um dormindo
Será que eles têm sonhos?
Vejo outro acordando
O que ele pensa em fazer hoje?

Pouco sabemos da vida e o que ela nos dará.
Enquanto amanhece, outros olhos se cruzam, pessoas se apressam, corpos se esbarram, e os andarilhos se encontram no universo da solidão.

Pessoas que passam por aqui
Vieram de casa ao acordar com o sol
Refletindo no quarto ou na sala.
Os andarilhos?
Vieram de caminhos desconhecidos
Sala onde o sol reflete, é a calçada.
Quarto onde se acordam, é a folha de uma figueira.

Pouco sabemos da vida e o que ela nos dará.
Enquanto amanhece, outras mãos se apertam, pessoas se abraçam, corações se apaixonam, e os andarilhos se encontram no universo da solidão.

Continuando a escrever
Vejo um pedindo esmola
Qual é verdadeira necessidade dele?
Será somente fome?
É pele doente, alma esquecida,
Coração aflito.

E meu coração abalado
Vai indo embora deste lugar
Sei que pouco posso, pouco faço.
Mas olhe! Vejo um andarilho sorrindo.
Ele tem esperança, ele tem motivos.
Se as pessoas não agem, Deus está agindo.


Josiane T. Manoel.

5 comentários:

  1. É um poetisa.

    Esses dias eu queria tirar uma foto, dum cachorro dormindo ao lado de um mendigo, na hora que me preparei minha bateria acabou...

    Um fotógrafo frustado xD

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  2. hum ta bem poética sabendo usar bem cada palavra meus parabéns

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